Exercício de Português (Questões UECE 2021.1) com Gabarito

Exercício de Português (Questões UECE 2021.1) com Gabarito Texto 1 POBREZA MENSTRUAL NO BRASIL:  DESIGUALDADES E VIOLAÇÕES DE DIREITOS  Pobr...
Exercício de Biologia (Questões UECE 2021.1) com Gabarito

Exercício de Português (Questões UECE 2021.1) com Gabarito

Texto 1

POBREZA MENSTRUAL NO BRASIL: 
DESIGUALDADES E VIOLAÇÕES DE DIREITOS 

Pobreza menstrual é um conceito que reúne em duas palavras um fenômeno complexo, transdisciplinar e multidimensional, vivenciado por meninas e mulheres devido à falta de acesso a recursos, infraestrutura e conhecimento para que tenham plena capacidade de cuidar da sua menstruação. É recorrente o total desconhecimento do assunto ou, quando existe algum conhecimento, há a percepção de que este é um problema distante da realidade brasileira. Imagina-se que a pobreza menstrual atinja apenas países que, no senso comum, seriam muito pobres ou mais díspares em termos de desigualdade de gênero que o Brasil. Já para o cenário brasileiro, com esforço, eventualmente lembramos da situação de mulheres encarceradas, mas não se observa a situação de meninas brasileiras que vivem em condições de pobreza e vulnerabilidade mesmo nas grandes metrópoles, privadas de acesso a serviços de saneamento, recursos para a higiene e até mesmo do conhecimento sobre o próprio corpo. 

O desconhecimento sobre o cuidado da saúde menstrual pode afetar mesmo as pessoas que não estão em situação de pobreza. Elas podem enfrentar a falta de produtos para a adequada higiene menstrual por considerarmos o absorvente como um produto supérfluo ou ainda porque, em geral, meninas de 10 a 19 anos não decidem sobre a alocação do orçamento da família, sobrando pouca ou nenhuma renda para ser utilizada para esse fim, i.e., a compra de produtos e insumos que ajudem a garantir a dignidade menstrual.

Além disso, não falar sobre a menstruação já é um jeito de falar sobre ela. A omissão demonstra preconceitos perpetuados no dia a dia. Não nomear a menstruação usando no lugar eufemismos como “estar naqueles dias”, “estar de chico”, “regras”, significa tornar invisível um fenômeno fisiológico e recorrente, além de alimentar mitos e tabus extremamente danosos às mulheres, meninas e pessoas que menstruam de maneira geral. São muitas imposições culturais a partir do momento que uma pessoa menstrua pela primeira vez. Diz-se que ela “agora é mulher”, ordena-se que “feche as pernas” e se comporte como “mocinha”, não reconhecendo que essas meninas ainda são crianças e não deveriam ser expostas a crenças tão limitadoras e restritivas, expondo-as a tabus e sentimentos de vergonha. Esse processo de envergonhamento pode restringir a participação em atividades esportivas, bem como limitar as brincadeiras e a convivência com seus amigos, atos simples e tão importantes para o desenvolvimento da criatividade, coordenação motora, percepção espacial, socialização, entre outras competências importantes. É evidente que entraves para acessar direitos menstruais representam barreiras ao completo desenvolvimento do potencial das pessoas que menstruam. Por isso, é fundamental que se investigue mais profundamente o tamanho do impacto econômico na vida delas, que pode gerar reflexos ao longo da vida adulta. Faz-se urgente entender, ainda, a importância das perdas econômicas (ou não ganhos) implicadas, não só para elas como para toda a sociedade.

Além das questões econômicas, garantir a dignidade menstrual vai ao encontro da garantia dos direitos sexuais e reprodutivos, sendo também uma maneira de assegurar o direito à autonomia corporal e à autodeterminação para as meninas, meninos trans e pessoas não binárias que menstruam. A privação desses direitos como caracterizada pela pobreza menstrual é, portanto, um problema multidimensional que exige uma abordagem multidisciplinar visando solucionar os problemas decorrentes da não garantia dos direitos humanos. Não é possível pensar em direitos menstruais sem considerar as múltiplas realidades no Brasil. É preciso uma abordagem interseccional da questão, considerando diversidades raciais e territoriais, entre outras, a fim de enfrentar o problema e elaborar soluções adequadas. Não estamos tratando de categorias homogêneas e a visibilidade da interação entre distintos marcadores evidencia uma profunda desigualdade no acesso às condições mínimas para o cuidado menstrual. 

Assim, esta publicação é motivada pelo contraste entre o impacto negativo gerado pela pobreza menstrual, com reflexos tanto para o desenvolvimento e bem-estar das meninas, mulheres e menstruantes de forma geral, principalmente as mais vulneráveis, como para a sociedade, em comparação à escassez de dados que visam analisar o fenômeno e de trabalhos científicos que analisam este problema, suas interações e consequências.

O contraste entre a precariedade menstrual e a escassez de dados se mostra ainda mais preocupante se associado ao alarmante cenário brasileiro, que aponta para o fato de que cerca de 13,6 milhões de habitantes (cerca de 6,5% da população) vivem em condições de extrema pobreza, ou seja, sobrevivendo com menos de U$ 1,90 por dia (o equivalente a R$ 151,00 por mês segundo cotação vigente em 2019) e cerca de 51,5 milhões de pessoas estão abaixo da linha de pobreza (1 a cada 4 brasileiros vivendo com menos de R$ 436,00 ao mês). A necessidade de enfrentamento da pobreza e redução das desigualdades incorpora urgência ao tratamento do problema da pobreza menstrual e seu impacto nas futuras gerações. 

Além dos efeitos intergeracionais de não garantir o direito à dignidade menstrual das meninas, há um impacto econômico imediato gerado pela falta de políticas públicas adequadas, que respondam à pobreza menstrual agora, enquanto as meninas, meninos trans e pessoas não binárias vivenciam sua adolescência, um momento decisivo para o seu desenvolvimento.

A negligência de necessidades menstruais resulta em problemas que poderiam ser evitáveis, desde alergias/irritações até aqueles que podem resultar em óbitos, como a síndrome do choque tóxico. O investimento adequado na saúde menstrual pode prevenir tais problemas. Além disso, a falta de acesso aos direitos menstruais pode resultar ainda em sofrimentos emocionais que dificultam o desenvolvimento do pleno potencial das pessoas que menstruam.
Relatório da UNICEF/2021) Disponível em: 
https://www.unicef.org/brazil/media/14456/file/dignidademenstrual_relatorio-unicef-unfpa_maio2021.pdf 
Acesso em 28 de maio de 2021. 

QUESTÃO 01
UECE 2021.1: O texto 1 é parte do Relatório da UNICEF acerca da pobreza menstrual. Sobre isso é correto afirmar que o fato se relaciona à(s)

A) capacidade econômica estável de países como o Brasil.

B) falta de acesso a recursos, infraestrutura e conhecimento.

C) precariedade menstrual e uma rica literatura sobre o tema.

D) imposições culturais impostas às mulheres.

GABARITO. B) falta de acesso a recursos, infraestrutura e conhecimento.

QUESTÃO 02
UECE 2021.1: As palavras “transdisciplinar” e “multidimensional” (linhas 03-04) significam, respectivamente, no texto 1,

A) integração de diferentes áreas para objetivo comum e singularidade.

B) atravessamento de conhecimentos e unicidade de vozes.

C) diálogo entre diversos campos de saber e pluralidade.

D) restrição a um campo disciplinar e complexidade de ações.

GABARITO. C) diálogo entre diversos campos de saber e pluralidade.

QUESTÃO 03
UECE 2021.1: Considerando o texto 1, é correto dizer que o problema da pobreza menstrual

I. está distante da realidade brasileira.

II. é gerado pela falta de políticas públicas de amparo à mulher.

III. firma-se também por preconceitos perpetuados que omitem o assunto.

Estão corretas as complementações contidas em

A) I e III apenas. 
B) II e III apenas. 
C) I e II apenas. 
D) I, II e III.

GABARITO. B) II e III apenas. 

QUESTÃO 04
UECE 2021.1: No trecho: “Além disso, não falar sobre a menstruação já é um jeito de falar sobre ela. A omissão demonstra preconceitos perpetuados no dia a dia.” (linhas 41-44), destaca-se a relação de causa e efeito da ação de omitir 

A) a falta de acesso à higiene, o que gera o pleno desenvolvimento emocional.

B) a aplicação de políticas públicas adequadas que dificultam o resgate da dignidade das pessoas que menstruam.

C) a promoção de conhecimentos que evitem doenças, tais como alergias e irritações que podem levar a óbito.

D) a imposição cultural que provoca o fenômeno de envergonhamento limitador da participação de menstruantes em atividades cotidianas.

GABARITO. D) a imposição cultural que provoca o fenômeno de envergonhamento limitador da participação de menstruantes em atividades cotidianas.

QUESTÃO 05
UECE 2021.1: No trecho: “Não nomear a menstruação usando no lugar eufemismos como [...]” (linhas 44-46), a palavra eufemismos é atribuída como estratégia de

A) buscar termos que atenuem o envergonhamento da menstruação.

B) exagerar o problema da pobreza menstrual para encontrar soluções mais rápidas.

C) comparar a pobreza menstrual a mitos e crendices como forma de mistificação.

D) encontrar termos para que menstruantes enfrentem a pobreza menstrual.

GABARITO. A) buscar termos que atenuem o envergonhamento da menstruação.

QUESTÃO 06
UECE 2021.1: No trecho: “É evidente que entraves para acessar direitos menstruais representam barreiras ao completo desenvolvimento do potencial das pessoas que menstruam. Por isso, é fundamental que se investigue mais profundamente o tamanho do impacto econômico na vida delas, que pode gerar reflexos ao longo da vida adulta.” (linhas 70-77), as expressões destacadas podem ser corretamente categorizadas como elementos de

A) coesão referencial por remeter às meninas e/ou mulheres e pessoas trans.

B) coesão referencial com a repetição do item para fim de argumentação.

C) intertextualidade para referências a termos que não se relacionam entre si.

D) inferências recuperáveis apenas no contexto.

GABARITO. A) coesão referencial por remeter às meninas e/ou mulheres e pessoas trans.

QUESTÃO 07
UECE 2021.1: Por não haver uma única solução para a pobreza menstrual, o texto sugere

I. uma investigação mais aprofundada dotamanho do impacto econômico, que pode gerar reflexos ao longo da vida adulta das pessoas que menstruam.

II. uma abordagem multidisciplinar, visando solucionar os problemas decorrentes da não garantia dos direitos humanos às pessoas que menstruam.

III. um investimento adequado na saúde menstrual para prevenir problemas de diversas ordens, permitindo o pleno desenvolvimento das pessoas que menstruam.

Estão corretas as complementações contidas em

A) I e III apenas. 
B) II e III apenas. 
C) I e II apenas. 
D) I, II e III.

GABARITO. D) I, II e III.

QUESTÃO 08
UECE 2021.1: Sobre o processo de formação de palavras, é correto afirmar que na palavra

A) “extremamente” (linha 49) ocorre derivação prefixal.

B) “envergonhamento” (linha 62) ocorre derivação parassintética.

C) “menstruantes” (linha 112) ocorre composição por justaposição. 

D) “desigualdades” (linha 133) ocorre composição por aglutinação.

GABARITO. B) “envergonhamento” (linha 62) ocorre derivação parassintética.

QUESTÃO 09
UECE 2021.1: Assinale a opção que apresenta a correta classificação sintática do termo em destaque.

A) “É recorrente o total desconhecimento do assunto.” (linhas 8-9) — predicativo do sujeito

B) “A omissão demonstra preconceitos perpetuados no dia a dia.” (linhas 43-44) —objeto indireto

C) “Pobreza menstrual é um conceito que reúne em duas palavras um fenômeno complexo” (linhas 1-3) — sujeito

D) “A necessidade de enfrentamento da pobreza e redução das desigualdades incorpora urgência ao tratamento do problema da pobreza menstrual e seu impacto nas futuras gerações.” (linhas 131-136) — objeto direto.

GABARITO. C) “Pobreza menstrual é um conceito que reúne em duas palavras um fenômeno complexo” (linhas 1-3) — sujeito

Texto 2

Padrão de beleza: mutante, mas sempre ao nosso redor

Fomos ensinadas a agradar e a nos preocupar com a opinião alheia, a nos comportar de determinada maneira, a nos vestir com roupas específicas, ter um tipo de cabelo e por aí vai.

Quando não seguimos a cartilha, algumas pessoas se sentem no direito de fazer comentários ou brincadeiras sobre nossas características físicas sem ninguém ter pedido uma opinião. Ao longo dos anos, isso vai se internalizando em nós. Passamos a ver como problema algo que nem era uma questão, dando poder a palavras destrutivas.

Bom, nós sabemos que mesmo racionalizando tudo isso, muitas vezes nos pegamos inseguras por não apresentarmos um conjunto de traços que satisfaçam essas expectativas.

Por muito tempo, fomos ensinadas a agir dessa maneira. Quando não somos magras o suficiente ou temos estrias, nos culpamos e seguimos em busca de melhorar a todo custo. Entender essa dinâmica é o primeiro passo para construir uma mudança real e significativa em nossas vidas.

Se antes os grandes culpados eram os ensaios fotográficos e as campanhas publicitárias estampados nas revistas femininas, hoje somos bombardeadas por centenas de imagens. Facebook, Instagram e Pinterest estão aí para mostrar padrões de beleza corporal a todo o momento. Ou seja, o padrão de beleza imposto pela mídia agora também é encontrado nas redes sociais.

Uma das maiores problemáticas desse ambiente é que, mesmo dando preferência para seguir pessoas conhecidas, ainda há uma tentativa constante, por parte de todas nós, de mostrarmos uma existência maravilhosa. São fotos e mais fotos de pessoas malhando loucamente, sem estrias ou sinais de celulite. E pensamos: por que não eu? Esse momento pode ser o mais perigoso porque gera muitas frustrações.

Está tudo bem você querer perder uns quilinhos ou seguir um estilo mais saudável, desde que seja uma escolha sua e com acompanhamento médico. E esse é o X da questão. Muitas vezes, queremos alcançar níveis surreais de magreza ou definição que não têm nada a ver com a gente.

Começamos a perseguir uma vida que vemos em nosso feed, mas cujos bastidores não conhecemos. Gastamos nosso salário em procedimentos estéticos, dietas e para quê? Muitas vezes, apenas para chegar a alguma meta difícil de ser alcançada e que não combina com o nosso estilo de vida e valores pessoais. [...]Se o seu ritmo é acordar mais cedo, correr, voltar para a casa, comer uma tapioca e se arrumar para o trabalho, ótimo. Se você não é fã de uma rotina regrada, gosta da sua alimentação do jeito que ela é, tudo certo também. E se um dia você acordar e quiser mudar tudo, não tem nenhum problema!

Sabemos que estamos falando de um assunto delicado. No entanto, insistimos: escolha cuidar de você, da sua saúde mental e da sua qualidade de vida em primeiro lugar. E vamos nos apoiar nesta caminhada, dando um passo por vez, cada uma no seu ritmo. Vamos juntas, no agora ou no futuro, dizer: amo meu corpo do jeitinho que ele é.
Texto adaptado. Disponível em 
https://www.pantys.com.br/blogs/pantys/padrao-debeleza-mutante-mas-sempre-ao-nosso-redor Acesso em 28 de maio de 2021.

QUESTÃO 10
UECE 2021.1: O texto retrata uma questão muito comum em nossa sociedade, principalmente entre mulheres, o chamado padrão de beleza. Atente para o que se diz a seguir sobre esse assunto.

I. O padrão de beleza leva a algumas pessoas o sentimento de insegurança por não apresentarem um conjunto de traços que satisfaçam suas próprias expectativas ou de outrem.

II. As redes sociais ditam um padrão de beleza e também de vida que levam as pessoas a acreditar na ilusão de uma existência maravilhosa.

III. As fotos e os corpos mostrados nas redes sociais fazem com que a pessoa supere as frustações da busca pela beleza.

Está correto o que se afirma em 

A) I e III apenas. 
B) II e III apenas. 
C) I e II apenas. 
D) I, II e III.

GABARITO. C) I e II apenas. 

QUESTÃO 11
UECE 2021.1: A escolha pelo uso da primeira pessoa plural, no texto 2, 

A) além de demonstrar que o texto foi escrito por uma mulher, busca o engajamento de uma parcela de público feminino.

B) é aleatória e não impacta na construção argumentativa do texto.

C) é uma forma de excluir deliberadamente o público masculino dos leitores para perpetuar um tabu.

D) não imprime ao texto um tom panfletário que requeira engajamento de alguma natureza.

GABARITO. A) além de demonstrar que o texto foi escrito por uma mulher, busca o engajamento de uma parcela de público feminino.

QUESTÃO 12
UECE 2021.1: Assinale a opção que indica o antecedente do pronome isso em “Ao longo dos anos, isso vai se internalizando em nós”. (linhas 167-168)

A) A expressão “Ao longo dos anos”. (linha 167)

B) O trecho “comentários ou brincadeiras sobre nossas características físicas”. (linhas 165-166) 

C) O período “Por muito tempo, fomos ensinadas a agir dessa maneira”. (linhas 177-178)

D) A oração “um conjunto de traços que satisfaçam essas expectativas”. (linhas 175-176)

GABARITO. B) O trecho “comentários ou brincadeiras sobre nossas características físicas”. (linhas 165-166) 

QUESTÃO 13
UECE 2021.1: As relações estabelecidas entre enunciados podem ser, segundo KOCH e ELIAS (2011) de cunho lógico-semântico ou discursivo-argumentativo. Como exemplo de relações lógico-semânticas estão a causalidade, mediação, condicionalidade, temporalidade, conformidade, disjunção e modo. 

Assinale a opção em que a oração destacada exerce relação de temporalidade.

A) “Se antes os grandes culpados eram os ensaios fotográficos e as campanhas publicitárias estampados nas revistas femininas, hoje somos bombardeadas por centenas de imagens.” (linhas 184-188)

B) “Começamos a perseguir uma vida que vemos em nosso feed, mas cujos bastidores não conhecemos.” (linhas 212-214)

C) “Esse momento pode ser o mais perigoso porque gera muitas frustrações.” (linhas 202-203)

D) “Sabemos que estamos falando de um assunto delicado. No entanto, insistimos: escolha cuidar de você, da sua saúde mental e da sua qualidade de vida em primeiro lugar.” (linhas 228-232)

GABARITO. A) “Se antes os grandes culpados eram os ensaios fotográficos e as campanhas publicitárias estampados nas revistas femininas, hoje somos bombardeadas por centenas de imagens.” (linhas 184-188)

QUESTÃO 14
UECE 2021.1: Assinale a opção cuja expressão destacada é um exemplo de metáfora.

A) “Gastamos nosso salário em procedimentos estéticos” (linhas 214-215)

B) “[...] hoje somos bombardeadas por centenas de imagens” (linhas 187-188)

C) “Esse momento pode ser o mais perigoso porque gera muitas frustrações.” (linhas 202-203)

D) “Muitas vezes, apenas para chegar a alguma meta difícil de ser alcançada” (linhas 216-218)

GABARITO. B) “[...] hoje somos bombardeadas por centenas de imagens” (linhas 187-188)

QUESTÃO 15
UECE 2021.1: O uso dos diminutivos destacados em “Está tudo bem você querer perder uns quilinhos” (linhas204-205) e “amo meu corpo do jeitinho que ele é”(linhas 235-236) indica

A) exagero acerca da temática da ditadura do emagrecimento.

B) depreciação das questões sobre a relação peso e corpo.

C) ampliação de algo em relação ao seu tamanho normal.

D) afetividade para dar alguma leveza ao assunto.

GABARITO. D) afetividade para dar alguma leveza ao assunto.

QUESTÃO 16
UECE 2021.1: Acentuam-se pelos mesmos critérios as palavras

A) “ninguém” e “nós”.
B) “opinião” e “mídia”.
C) “médico” e “preferência”.
D) “físicas” e “fotográficos”.

GABARITO. D) “físicas” e “fotográficos”.

QUESTÃO 17
UECE 2021.1: Assinale a opção cuja classificação da oração destacada está INCORRETA.

A) “Começamos a perseguir uma vida que vemos em nosso feed, mas cujos bastidores não conhecemos.” (linhas 212-214) — oração coordenada sindética adversativa

B) “Quando não somos magras o suficiente ou temos estrias, nos culpamos e seguimos em busca de melhorar a todo custo” (linhas 178-181) — oração coordenada sindética aditiva

C) “Esse momento pode ser o mais perigoso porque gera muitas frustrações.” (linhas202-203) — oração subordinada adverbial causal

D) “Entender essa dinâmica é o primeiro passo para construir uma mudança real e significativa em nossas vidas.” (181-183) — oração subordinada substantiva predicativa reduzida de infinitivo

GABARITO. C) “Esse momento pode ser o mais perigoso porque gera muitas frustrações.” (linhas202-203) — oração subordinada adverbial causal

Texto 3

Minha pele é meu quarto
minha pele é todos os cômodos
onde me alimento
onde deito finjo
o mínimo conforto.
minha pele é minha casa
com as paredes descobertas
uma falta de cuidado:
necessita sempre mais
para ser casa.
minha pele não é um estado
desgovernado.
minha pele é um país
embora distante demais
para os meus braços
embora eu sequer caminhe
sobre seu território
embora eu não domine
sua linguagem.
minha pele não é casca
é um mapa:
onde África ocupa
todos os espaços:
cabeça útero pés
onde os mares são feitos de
minhas lágrimas.
minha pele é um mundo
que não é só meu.
PRATES, Lubi. Um corpo negro. 2.ed. 
São Paulo: Nosostros Editorial, 2019. p.53.

QUESTÃO 18
UECE 2021.1: Poeta, tradutora, editora e curadora de eventos literários e culturais, Lubi Prates iniciou sua trajetória poética em 2012, com a publicação de coração na boca.

Em 2016, surge triz, e em 2018, publica um corpo negro, com o qual foi finalista do 61º Prêmio Jabuti e do 4º Prêmio Rio de Literatura. A autora transforma em poesia as nuances da assunção da identidade feminina e negra.

No texto 3, poema de sua autoria, o eu lírico apresenta

I. a importância de se sentir negro diante de uma história que foi apagada e distorcida.

II. a reflexão a partir da perspectiva do corpo negro como ponto central e contador de sua própria história.

III. um sentimento atravessado pelas questões de cor presentes na pele negra.

Estão corretas as complementações contidas em

A) I e II apenas. 
B) I e III apenas. 
C) II e III apenas. 
D) I, II e III.

GABARITO. D) I, II e III.

QUESTÃO 19
UECE 2021.1: No texto 3, a comparação da pele com espaços que se alargam em uma gradação de cômodo a continente deve-se à

A) necessidade de olhar para o passado, para uma travessia pelo mar na busca de uma reterritorialização.

B) forma de contar a história dos colonizadores a partir de um trajeto África-Brasil.

C) transversalidade respeitosa entre corpos negros e lugares em que transitam e habitam por escolhas próprias.

D) possibilidade de limitação da relação entre corpo, raça e espaço geográfico a partir de um indivíduo.

GABARITO. A) necessidade de olhar para o passado, para uma travessia pelo mar na busca de uma reterritorialização.

QUESTÃO 20
UECE 2021.1: Os versos: “minha pele não é casca/é um mapa:/onde África ocupa/todos os espaços:” (linhas 256-259) fazem referência 

A) à localização de um continente em um mapa imaginário.

B) a questões que transitam entre a ancestralidade e conservação da memória.

C) a um exemplo de sociedade igualitária e fraterna com seu passado.

D) à sensação de pertencimento e de acolhimento pelo país que abrigou o corpo negro.

GABARITO. B) a questões que transitam entre a ancestralidade e conservação da memória.

Nome

Enade,23,Enem,3,Exercícios,91,Exercícios de Alemão,1,Exercícios de Biologia,4,Exercícios de Ciências,3,Exercícios de Ciências da Natureza,1,Exercícios de Ciências Humanas,1,Exercícios de Educação Infantil,2,Exercícios de Espanhol,3,Exercícios de Filosofia,2,Exercícios de Física,6,Exercícios de Francês,3,Exercícios de Geografia,10,Exercícios de História,7,Exercícios de Inglês,5,Exercícios de Italiano,1,Exercícios de Linguagens,1,Exercícios de Literatura,3,Exercícios de Matemática,13,Exercícios de Português,13,Exercícios de Química,7,Exercícios de Redação,1,Exercícios de Sociologia,4,Exercícios Ensino Fundamental,1,Questões,2629,Questões da OAB,80,Questões da OBMEP,82,Questões da Santa Casa,100,Questões de Artes,40,Questões de Biologia,33,Questões de Ciências,36,Questões de Ciências da Natureza,75,Questões de Ciências Humanas,120,Questões de Espanhol,49,Questões de Filosofia,2,Questões de Física,77,Questões de Geografia,28,Questões de História,27,Questões de Inglês,51,Questões de Linguagens,119,Questões de Literatura,12,Questões de Matemática,395,Questões de Português,321,Questões de Química,48,Questões de Redação,4,Questões de Sociologia,20,Questões de Vestibular,288,Questões do Enade,685,Questões do Enem,404,
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Meus Exercícios: Exercício de Português (Questões UECE 2021.1) com Gabarito
Exercício de Português (Questões UECE 2021.1) com Gabarito
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Meus Exercícios
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