Exercício sobre Culturas (Sociologia) com Gabarito e Resolução QUESTÃO 01 (ENEM) Dali avistamos homens que andavam pela praia, obra de sete...
Exercício sobre Culturas (Sociologia) com Gabarito e Resolução
QUESTÃO 01
(ENEM) Dali avistamos homens que andavam pela praia, obra de sete ou oito. Eram pardos, todos nus. Nas mãos traziam arcos com suas setas. Não fazem o menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso tem tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos neles seus ossos brancos e verdadeiros. Os cabelos seus são corredios.
CAMINHA, P. V. Carta. RIBEIRO, D. et al. Viagem pela
historia do Brasil: documentos.
O texto é parte da famosa carta de Pero Vaz de Caminha, documento fundamental para a formação da identidade brasileira. Tratando da relação que, desde esse primeiro contato, se estabeleceu entre portugueses e indígenas, esse trecho da carta revela:
A) preocupação em garantir a integridade do colonizador diante da resistência dos índios a ocupação da terra.
B) postura etnocêntrica do europeu diante das características físicas e práticas culturais do indígena.
C) orientação da política da coroa portuguesa quanto à utilização dos nativos como mão de obra para colonizar a nova terra.
D) oposição de interesses entre portugueses e índios, que dificultava o trabalho catequético e exigia amplos recursos para a defesa da posse da nova terra
E) abundância da terra descoberta, o que possibilitou a sua incorporação aos interesses mercantis portugueses, por meio da exploração econômica dos índios.
RESPOSTA.
QUESTÃO 02
A palavra "bárbaro" é de origem grega. Ela designava, na Antiguidade, as nações não gregas, consideradas primitivas, incultas, atrasadas e brutais. A oposição entre civilização e barbárie então antiga.
Ela encontra uma nova legitimidade na filosofia dos iluministas, e será herdada pela esquerda. O termo "bárbara" tem, segundo o dicionário, dois significados distintos, mas ligados: "falta de civilização" e "crueldade de bárbaro". A história do século 20 nos obriga dissociar essas duas acepções e a refletir sobre o conceito - aparentemente contraditório, mas de fato perfeitamente coerente - de "barbárie civilizada".
Se nós nos referimos ao segundo sentido da palavra "bárbaro" - atos cruéis, desumanos, a produção deliberada de sofrimento e a morte deliberada de não combatentes (em particular, crianças) - nenhum século na história conheceu manifestação de barbárie tão extensas, são tão massivas e tão sistemáticas quanto o século XX.
LOWY, M. Barbárie e modernidade no século 20.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema barbárie e civilização, é correto afirmar
A) A civilização moderna garantiu, com seus progressos da ciência e na moral, um tipo de paz duradoura, pois não utiliza mais a força e a crueldade, que continuam presentes apenas em sociedades arcaicas.
B) O processo civilizatório com todos os progressos científicos e políticos não foi capaz de superar as tendências sociais destrutivas; ao contrário, as aperfeiçoou a partir da racionalidade técnica.
C) A civilização tradicional e moderna não manteve os princípios agressivos presentes em tempos longínquos de nossa história; assistimos ao progressivo declínio da barbárie na sociedade.
D) A bárbara primitiva opõe-se a bárbara civilizada, na medida em que a última eliminou por completo o uso da força e da violência na resolução dos conflitos entre os Estados Nação.
E) A civilização e a cultura pré-moderna sobreviveram até os dias atuais, permitindo uma articulação da vida bucólica e pacífica com a vida moderna tendenciosamente mais cruel que outras épocas.
RESPOSTA.
QUESTÃO 03
A estética nas diferentes sociedades vem geralmente acompanhada de marcas corporais que individualizam seus sujeitos e sua coletividade. Discos labiais, piercings, tatuagens, mutilações, pinturas, vestimentas, penteados e cortes de cabelo são algumas marcas reconhecíveis de um inventário possível das técnicas corporais em toda sua riqueza e diversidade. Embora universal, as formas das quais se valem os grupos e indivíduos para se marcarem corporalmente são vistas, às vezes, como estranhas a indivíduos que pertencem a outros grupos.
Essa atitude de estranhamento em relação ao diferente é considerada conceitualmente como:
A) preconceito: reconhece no valor das raças o que é correto ou não na estética corporal.
B) relativização: o outro é entendido nos seus próprios termos.
C) etnocentrismo: só reconhece valor nos seus próprios elementos culturais.
D) etnocídio: afasta o diferente e procura transformá-lo num igual.
E) diversidade cultural: rejeição preconceituosa de todos os comportamentos e valores diferentes dos seus próprios costumes e tradições.
RESPOSTA.
A estética nas diferentes sociedades vem geralmente acompanhada de marcas corporais que individualizam seus sujeitos e sua coletividade. Discos labiais, piercings, tatuagens, mutilações, pinturas, vestimentas, penteados e cortes de cabelo são algumas marcas reconhecíveis de um inventário possível das técnicas corporais em toda sua riqueza e diversidade. Embora universal, as formas das quais se valem os grupos e indivíduos para se marcarem corporalmente são vistas, às vezes, como estranhas a indivíduos que pertencem a outros grupos.
Essa atitude de estranhamento em relação ao diferente é considerada conceitualmente como:
A) preconceito: reconhece no valor das raças o que é correto ou não na estética corporal.
B) relativização: o outro é entendido nos seus próprios termos.
C) etnocentrismo: só reconhece valor nos seus próprios elementos culturais.
D) etnocídio: afasta o diferente e procura transformá-lo num igual.
E) diversidade cultural: rejeição preconceituosa de todos os comportamentos e valores diferentes dos seus próprios costumes e tradições.
RESPOSTA.
QUESTÃO 04
(ENEM) A lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, inclui no currículo dos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, a obrigatoriedade do ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira e determina que o conteúdo programático incluirá o estudo da História da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil, além de instituir, no calendário escolar, o dia 20 de novembro como data comemorativa do "Dia da Consciência Negra".
A referida lei representa um avanço não só para a educação nacional, mas também para a sociedade brasileira, porque:
A) legitima o ensino das ciências humanas nas escolas.
B) divulga conhecimentos para a população afro-brasileira.
C) reforça a concepção etnocêntrica sobre a África e sua cultura.
D) garante aos afro-descendentes a igualdade no acesso à educação.
E) impulsiona o reconhecimento da pluralidade étnico-racial do país.
RESPOSTA.
(ENEM) A lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, inclui no currículo dos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, a obrigatoriedade do ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira e determina que o conteúdo programático incluirá o estudo da História da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil, além de instituir, no calendário escolar, o dia 20 de novembro como data comemorativa do "Dia da Consciência Negra".
Disponível em: http://www.polanalto.gov.br. Acesso em: 27 jul. 2010. (Adaptado).
A referida lei representa um avanço não só para a educação nacional, mas também para a sociedade brasileira, porque:
A) legitima o ensino das ciências humanas nas escolas.
B) divulga conhecimentos para a população afro-brasileira.
C) reforça a concepção etnocêntrica sobre a África e sua cultura.
D) garante aos afro-descendentes a igualdade no acesso à educação.
E) impulsiona o reconhecimento da pluralidade étnico-racial do país.
RESPOSTA.
QUESTÃO 05
(ENEM) No início do século XIX, o naturalista alemão Carl Van Martius esteve no Brasil em missão científica para fazer observações sobre a flora e a fauna nativas e sobre a sociedade indígena. Referindo-se ao indígena, ele afirmou: "Permanecendo em grau inferior da humanidade, moralmente, ainda na infância, a civilização não o altera, nenhum exemplo o excita e nada o impulsiona para um nobre desenvolvimento progressivo (...). Esse estranho e inexplicável estado do indígena americano, até o presente, tem feito fracassarem todas as tentativas para conciliá-lo inteiramente com a Europa vencedora e torná-lo um cidadão satisfeito e feliz."
Com base nessa descrição, conclui-se que o naturalista Von Martius:
A) apoiava a independência do Novo Mundo, acreditando que os índios, diferentemente do que fazer a missão europeia, respeitavam a flora e a fauna do país.
B) discriminava preconceituosamente as populações originárias da América e advogada o extermínio dos índios.
C) defendia uma posição progressista para o século XIX: a de tornar o indígena cidadão satisfeito e feliz.
D) procurava impedir o progresso da aculturação, ao descrever cientificamente a cultura das populações originárias da América.
E) desvalorizada os patrimônios étnicos e culturais das sociedades indígenas e reforçava a missão "civilizadora europeia", típica do século XIX.
RESPOSTA.
(ENEM) No início do século XIX, o naturalista alemão Carl Van Martius esteve no Brasil em missão científica para fazer observações sobre a flora e a fauna nativas e sobre a sociedade indígena. Referindo-se ao indígena, ele afirmou: "Permanecendo em grau inferior da humanidade, moralmente, ainda na infância, a civilização não o altera, nenhum exemplo o excita e nada o impulsiona para um nobre desenvolvimento progressivo (...). Esse estranho e inexplicável estado do indígena americano, até o presente, tem feito fracassarem todas as tentativas para conciliá-lo inteiramente com a Europa vencedora e torná-lo um cidadão satisfeito e feliz."
Com base nessa descrição, conclui-se que o naturalista Von Martius:
A) apoiava a independência do Novo Mundo, acreditando que os índios, diferentemente do que fazer a missão europeia, respeitavam a flora e a fauna do país.
B) discriminava preconceituosamente as populações originárias da América e advogada o extermínio dos índios.
C) defendia uma posição progressista para o século XIX: a de tornar o indígena cidadão satisfeito e feliz.
D) procurava impedir o progresso da aculturação, ao descrever cientificamente a cultura das populações originárias da América.
E) desvalorizada os patrimônios étnicos e culturais das sociedades indígenas e reforçava a missão "civilizadora europeia", típica do século XIX.
RESPOSTA.